CONVOCATORIA RPA 2025

Hablar de lo traumático 

La pregunta por “qué es lo que hace trauma” se encuentra en el centro no solo de la doctrina psicoanalítica sino también en el corazón de su dimensión clínica y de su perspectiva política. Es posible recorrer toda la obra de Freud pero también la de Lacan por el borde que esa pregunta traza.

Freud enlazo tempranamente la noción de trauma a la experiencia humana de la sexualidad. Lo hizo primero en términos de un hecho efectivamente acontecido y luego sosteniendo una concepción de la sexualidad que subvirtió radicalmente las ideas vigentes de su época. Llegando a su punto culmine con sus “Tres ensayos” donde desnaturaliza radicalmente la sexualidad y generaliza sus desviaciones.

Por su parte la noción lacaniana de parlêtre nombra de manera ejemplar el trauma como el impacto del significante  sobre el cuerpo, ese efecto de animación que Lacan no vacila en llamar “un revólver, un cosquilleo, un rascado, un furor” frente a lo cual no queda más salida que la invención.

Hablar de lo traumático encierra una paradoja, la paradoja misma del psicoanálisis en tanto que allí hablamos de lo que es imposible de decir. El trauma es efectivamente lo imposible de decir sin embargo hablamos de él.

¿Cómo tratamos lo traumático hoy en los dispositivos institucionales de atención que se orientan por el psicoanálisis lacaniano? ¿Cómo podemos dejarnos enseñar por el saber nuevo que encontramos en cada caso clínico? 

Es en torno a esas preguntas que la RPA se propone un trabajo de investigación.

Con esta apuesta en el horizonte los invitamos a:

  • Inscribirse: https://forms.gle/F9rcaWBCMF6A58o87 
  • Reunirse en las instituciones de las que forman parte, o con colegas de otras instituciones  -en carteles, pequeños grupos, etc-  alrededor de escollos, obstáculos, impasses clínicos extraídos de su propia experiencia cotidiana. 
  • Producir textos clínicos de trabajo fruto de ese diálogo. Enviarnos hasta el 27 de abril esas producciones para organizar en torno a algunas de ellas tres encuentros federativos de conversación.
  • Participar en las dos primeras reuniones (virtuales) – 10 de mayo y 5 de julio, 11 am (ARG/BR/CH) 10 am (VE/BO) 9 am (CO, PE, EC, CU) 8 am (MX, GT) – y en la tercera y última reunión (presencial) en ENAPOL, con el objetivo de llegar a algunas conclusiones basadas en el trabajo realizado hasta el momento.

Algunas pautas de orientación para los textos:

  • Que hable de lo traumático
  • Que sea esencialmente clínico (caso o viñeta clínica)
  • Que sea producto de un intercambio, diálogo o pequeño trabajo institucional
  • Que incluya un escollo, pregunta o impasse

Para cualquier pregunta, aclaración pueden escribirnos aquí: rpa.fapol@gmail.com 

Isabel do Rêgo Barros Duarte y Musso Greco (EBP)
Eugenia Serrano y Maria Laura Errecarte (EOL)
Laura Arciniegas y Viviana Berger (NEL)


CONVOCATÓRIA RPA 2025

Falar do traumático

A questão de “o que constitui o trauma” está no centro não apenas da doutrina psicanalítica, mas também no cerne de sua dimensão clínica e de sua perspectiva política. É possível explorar toda a obra de Freud, mas também a de Lacan, nas linhas que essa questão traça.

Freud vinculou desde cedo a noção de trauma à experiência humana da sexualidade. Ele o fez primeiro em termos de um evento realmente ocorrido, para depois sustentar uma concepção da sexualidade que subverteu radicalmente as ideias predominantes de sua época, chegando a seu ponto culminante com seus “Três Ensaios”, no qual ele desnaturaliza radicalmente a sexualidade e generaliza seus desvios.

Por sua vez, a noção lacaniana de parlêtre nomeia exemplarmente o impacto do trauma sobre o corpo, esse efeito de entusiasmo que Lacan não hesita em chamar de «uma agitação, uma cócega, um arranhão, uma fúria», diante da qual não há outra saída senão a invenção.

Falar do traumático encerra um paradoxo, o paradoxo mesmo da psicanálise, na condição de falarmos do que é impossível dizer. O trauma é o impossível de dizer, mas ainda assim falamos dele.

Como tratamos o traumático hoje nos dispositivos institucionais orientados pela psicanálise lacaniana? Como podemos nos deixar ensinar pelo saber novo que encontramos em cada caso clínico?

É em torno dessas questões que a RPA propõe um trabalho de investigação.

Com essa aposta no horizonte, convidamos os interessados a:

  • Registrar-se: https://forms.gle/F9rcaWBCMF6A58o87 
  • Reunirem-se nas instituições das quais fazem parte ou com colegas de outras instituições -em cartéis, pequenos grupos, etc.- em torno de dificuldades e impasses clínicos extraídos de sua própria experiência cotidiana.
  • Produzir textos clínicos como resultado desse diálogo institucional.
  • Enviar-nos essas produções para organizarmos três encontros de conversação federativa em torno de uma delas.
  • Participar das duas primeiras reuniões (virtuais) – 10 de maio e 5 de julho, 11h (ARG/BR/CH) 10h (VE/BO) 9h (CO, PE, EC, CU) 8h (MX, GT) – e do terceiro e último encontro (presencial) no ENAPOL, com o objetivo de chegar a algumas conclusões com base no trabalho realizado até então.

Algumas diretrizes para os textos:

  • Que fale do traumático
  • Que seja essencialmente clínico (caso ou vinheta clínica)
  • Que seja produto de um intercâmbio, diálogo ou pequeno trabalho institucional
  • Que inclua um tropeço, pergunta ou impasse

Para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos, escrevam-nos aqui: rpa.fapol@gmail.com 

Isabel do Rêgo Barros Duarte e Musso Greco (EBP)
Eugenia Serrano e Maria Laura Errecarte (EOL)
Laura Arciniegas e Viviana Berger (NEL)